Trânsito

Quebra-molas da Ildefonso causam dúvidas quanto à efetividade

As construções foram entregues ainda em fevereiro pela Secretaria de Obras e Pavimentação

Jô Folha -

Os tão esperados quebra-molas da avenida Ildefonso Simões Lopes, Zona Norte da cidade, foram instalados ainda em fevereiro. As obras, a cargo da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, se iniciaram um dia após a passeata feita pelos moradores do loteamento Arco-íris, por conta do acidente que levou à morte Jonathan Dias Ramos, 26, atropelado em frente ao Instituto Federal Sul-rio-grandense Campus Visconde da Graça (IFSul - CaVG). Apesar da estranheza dos moradores e comerciantes em relação ao tamanho das lombadas na via, o secretário da pasta do Transporte e Trânsito, Flávio Al Alam, garante que as construções estão dentro das resoluções determinadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Foram quatro as ondulações transversais feitas na via, em sentido Centro-bairro. Elas estão localizadas antes da esquina da rua Alcides Velleda; depois da entrada do Residencial Moradas; próximos à entrada do Condomínio Arcobaleno e alguns metros depois da entrada do loteamento Arco-íris, onde fica o Campus Visconde da Graça do IFSul. Todas as quatros estão devidamente sinalizadas com placas, a fim de chamar a atenção dos que ali transitam.

A funcionária de uma distribuidora de bebidas localizada próxima ao primeiro redutor de velocidade, em sentido Centro-bairro, é enfática quanto à construção: "Eles tinham que ser maiores". Nataniele Brito, de 20 anos, argumenta que "as pessoas já diminuíam a velocidade antes", mas por causa dos buracos que se consolidaram ao longo do asfaltamento da avenida. Assim, o problema de condutores que não respeitam a velocidade permitida na via continua constante.

Outra funcionária do local, Taiana Brito, 30, aparenta ser mais otimista. "Em horários de pico pode ser uma boa solução". Mas, logo ressalta: "Talvez seja por conta do engarrafamento", uma vez que os condutores precisarão diminuir a velocidade pelo tráfego mais lento. Para Nataniele, devido à altura em que foram construídos, a ação da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) não mudará as atitudes dos motoristas, principalmente durante os períodos da noite, momento em que os condutores costumam trafegar acima da velocidade permitida no local.

Al Alam ressalta que as ondulações na Ildefonso seguem as normativas do Contran, publicadas em 2016. "Não posso executar algo que não está nas normas. Temos que seguir as regras, mesmo que a população ache que eles são mais baixos", afirma. O planejamento da SMTT para a via era a construção de rotatórias em frente à entrada de cada um dos condomínios. Contudo, a alternativa mais rápida encontrada foi construir as lombadas, sem descartar a ideia anterior.

Assim, após a entrega dos quatro quebra-molas, o projeto a ser colocado em ação é a viabilização das rótulas. Também, o projeto de duplicação da avenida tramita na pasta de Transporte e Trânsito. Segundo o secretário, entre os fatores que atrasam as buscas por verbas para custear as construções estão os detalhes que cercam a via e as especificações que precisam estar no projeto.

Relembre

- Na primeira semana de fevereiro, o jovem Jonathan morreu após acidente em frente ao CaVG. Esta havia sido a primeira morte registrada na avenida em 2019 e o fato foi motivo de mobilização entre os moradores próximos ao local, que reivindicaram mais segurança com o tráfego de veículos na via.

- Segundo dados da SMTT, entre 2008 e 2018 foram 21 óbitos no local após acidentes de trânsito. O que representa 4,7% dos 442 óbitos ocorridos em Pelotas durante esse período, incluindo as rodovias.

- Em 2018, foram quatro casos de acidentes fatais na Ildefonso: um motociclista vitimado por colisão em fevereiro, um pedestre, após colisão, em junho, um passageiro que estava em uma capotagem, em agosto, e um pedestre atropelado em outubro.

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